quinta-feira, 7 de maio de 2015

Guerreiro menino.



E de repente o guerreiro surge!
Forte, majestoso, montado em seu corcel, empunhando uma espada, avermelhada pelo entardecer...
Tem cabelos em desalinho, pele queimada de sol,
com marcas dos diversos ferimentos recebidos ao longo das estradas..
Grandes cicatrizes... Umas, profundas, outras, superficiais...
Seus pés castigados pelas longas caminhadas.
Seus olhos tão mal se vê...e escondem dores profundas no peito,
que o acompanha desde que descobriu que seus poderes não são eternos...
menos ainda, infinitos...
No fundo se sente frágil e doce...
mas sabe que é um guerreiro, que precisa travar batalhas diárias
e isso o alimenta de esperanças no futuro que pode nunca chegar...mas ainda crê!
Pensa quando vacila em sua própria defesa
e acaba revelando o menino doce que esconde no mais profundo da alma,
onde poucos são os que conhecem esse seu lado....
Sua audácia de ser livre o mantém em linhas muito tênues da solidão...
Solidão das jornadas, de ser ainda humano,
solidão por não ter um colo pra deitar quando volta pra sua 'terra',
ferido e cansado das grandes batalhas...
Quer o amor pra cuidar e ser cuidado.
Algumas vezes ele investiu, conheceu, mas... se apaixonou...
Ele precisa da sua guerreira, mas parecem viver mesmo num contos de fadas.
O fato é que por dentro da proteção do guerreiro há um menino doce e inocente.
E assim, ele passa montado em seu corcel, esperando, acreditando, sonhando...

Ari Custódio.

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